Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



LCA e ADP – Siglas importantes neste momento da conferência

Terça-feira, 04.12.12

A Convenção, e dentro dela o Protocolo de Quioto, consubstanciam muita da sua ação através de grupos de trabalho eu definem objetivos, práticas, detalhes. Em 2007, na reunião da Conferência das Partes em Bali foi criado o Grupo de Trabalho Ad Hoc sobre Cooperação de Longo Prazo (AWG-LCA) que pretendia dar origem a um acordo global para o clima a ser formalizado em Copenhaga. Como se sabe, tal não foi bem sucedido, mas esse grupo tem prolongado o seu trabalho, que no entanto a União Europeia e também as organizações não governamentais de ambiente, entre outros, consideram que deve terminar aqui em Doha. Há diversas áreas que ainda estão em decisão e que podem ser continuadas pelos chamados órgãos subsidiários (SBI e SBSTA), ou passar para o novo grupo Ad Hoc da Plataforma de Durban (ADP), cuja missão é construir um novo acordo para 2015 e assegurar compromissos de redução até 2020.

No primeiro caso (LCA), o texto atual revela falta ambição e integridade ambiental, não mencionando por exemplo nada no que respeita a financiamento para o período 2013-2015, isto é a continuação de apoios para o clima que já vigoraram em 2011-2012, rumo ao objetivo de atingir 100 mil milhões de dólares em 2020. Com diversas partes em itálico (isto é, que precisam ainda de aprofundamento) incluindo o ano em que se deve verificar o pico de emissões ou o aumento máximo de temperatura que se deve atingir desde a era pré-industrial, o texto passa também para mais tarde decisões necessárias e relativamente simples como um acordo sobre o ano base para contabilização das emissões ou os potenciais de aquecimento global dos diferentes gases.

Quanto ao ADP, de ontem (dia 3) à noite, há um novo texto que é mais geral e fraco que o anterior, e que remete para meados de 2013 o desenhar e o verdadeiro início dos trabalhos rumo a um futuro acordo. Em Doha, pouco se está a avançar…

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Quercus às 08:33