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Fósseis do dia de quinta-feira: UE, Polónia e presidência da COP18

Sexta-feira, 07.12.12

O primeiro lugar do Fóssil do Dia foi atribuído ontem à União Europeia, uma novidade nesta COP18, que decorre da falta de empenho na defesa do cancelamento das licenças de emissão excedentárias (“Ar quente”) no final do segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto. No entanto, é um prémio “entre parênteses”, porque as ONG ainda têm esperança de que a UE não se deixe intimidar pela Polónia e defenda o fim do “Ar quente”.

No penúltimo dia da COP18, o segundo lugar do Fóssil do Dia foi para a Polónia, país que parece ter “fossilizado” a posição sobre a questão do “Ar quente”. Os polacos insistem em transferir as licenças excedentárias do primeiro para o segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto, opondo-se veementemente ao cancelamento destas licenças excedentárias no final do segundo período. As ONG da Rede de Ação Climática alertam que este comportamento não inspira qualquer confiança para o país que irá presidir à COP19 em 2013.

Por último, em terceiro lugar, as ONG destacaram a má prestação da presidência da COP18, a cargo do Qatar, pela falta de liderança e de ambição nas negociações no âmbito da Plataforma de Durban para Ação Fortalecida (ADP).

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Quercus desdobra-se em reuniões na COP18

Quinta-feira, 06.12.12

Esta tarde em Doha, o coordenador para as áreas da energia e clima da Quercus, Francisco Ferreira, e o diretor da Rede Europeia de Ação Climática, Wendel Trio, tiveram uma reunião de cerca de uma hora com a Ministra do Ambiente, Assunção Cristas e o Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Paulo Lemos, para discutir sobre ponto de situação atual das negociações, as posições da CAN/Quercus, o esforço que deve ser feito pela União Europeia e os possíveis resultados decorrentes da Conferência.

Anteriormente, o Ministério do Ambiente promoveu um evento de apresentação pública no Pavilhão da União Europeia do Roteiro Nacional de Baixo Carbono (RNBC), com a participação também da Ministra do Ambiente e do Vice-Presidente da APA.

Ontem, Francisco Ferreira esteve reunido para discutir aspetos relacionados com as negociações e legislação europeia na área das emissões de gases com efeito de estufa com a eurodeputada social-democrata Maria da Graça Carvalho.

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por Quercus às 18:00

Mais dois "Fósseis do Dia": Polónia e Rússia

Sexta-feira, 30.11.12

A Polónia, país que irá receber a próxima Conferência do Clima, venceu ontem o “Fóssil do Dia”, o galardão da Rede de Ação Climática (CAN) para os países com pior comportamento nas negociações climáticas. A distinção deve-se à postura do país sobre a utilização das unidades de quantidade atribuída (AAU, na sigla em inglês), licenças de emissão excedentárias do primeiro período de compromisso do Protocolo de Quito. As ONG defendem que estes excedentes não devem transitar para o segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto, mas a Polónia, a par da Rússia e da Ucrânia, não quer prescindir dessas licenças.

O segundo lugar foi para a Rússia, após o vice-primeiro-ministro russo ter confirmado na quarta-feira que não vai aderir ao segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto. Esta ausência significa que o país ficará de fora dos futuros projectos de Implementação Conjunta (JI), cenário que segundo a CAN terá um efeito negativo sobre a economia e sobre um desenvolvimento de baixo carbono na Rússia.

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por Quercus às 13:03

Expectativas da Rede de Ação Climática para Doha

Terça-feira, 27.11.12

Expectativas Para Doha COP18[Resumo em inglês] [Documento integral em inglês]

A Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês) é a maior rede mundial da sociedade civil, com mais de 700 organizações em 90 países, que trabalham em conjunto na promoção da ação governativa para lidar com a crise climática. A Quercus é membro da CAN Internacional fazendo parte do núcleo regional da Europa, a CAN Europa.

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por Quercus às 11:45

Cimeira do Clima começa 2ª feira

Sábado, 24.11.12

É urgente decidir e agir!

Começa segunda-feira, dia 26 de Novembro, em Doha, no Qatar, e prolonga-se até dia 7 de Dezembro (eventualmente estendendo-se até domingo, dia 9), a mais importante reunião anual mundial sobre clima, a 18ª Conferência das Partes (COP18) da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

Os acordos alcançados em Durban, em 2011, relançaram a esperança em ultrapassar a desilusão que marcou a Cimeira de Copenhaga em 2009. Há assim a possibilidade de recolocar o mundo num caminho de emissões reduzidas, pronto para tirar partido das oportunidades que surgem pelos novos mercados e inovação tecnológica das tecnologias limpas, pelo investimento, emprego e crescimento económico.

Contudo esta janela de oportunidade estará aberta por pouco tempo. Para tirar partido deste potencial são necessárias ações decisivas na COP18. O nível de ambição a curto prazo tem de ser mais elevado e é imperativo que seja acordado um calendário de negociações de modo a alcançar um regime climático global justo, ambicioso e vinculativo em 2015.

As principais expectativas para Doha [mais aqui]

Estes são alguns dos elementos essenciais que devem ser concluídos em Doha:

  • Acordar um aditamento de um segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto (PQ), aplicado a apenas parte dos países desenvolvidos – União Europeia, Noruega, Suiça, Austrália e Nova Zelândia -, com um objetivo de redução de emissões de GEE entre os 25% e 45%, com base nas emissões de 1990.
  • Os países desenvolvidos que não têm obrigações no âmbito do PQ devem demonstrar que conhecem as suas responsabilidades através da adoção de compromissos rigorosos e quantificáveis de redução de emissões de GEE, num esforço comparável e transparente em relação aos países com compromissos no âmbito do PQ.
  • Acordar que o pico global de emissões será alcançado em 2015, o que significa que os países desenvolvidos precisam de reduzir as suas emissões de forma mais rápida e providenciar apoio aos países em desenvolvimento para que estes possam tomar mais medidas de mitigação.
  • Os países em desenvolvimento devem registar as suas ações de mitigação, para além de assumirem reduções voluntárias, incluindo-se aqui o Qatar.
  • Os países desenvolvidos devem assumir um compromisso de financiamento público entre 2013-2015 para o Fundo Verde para o Clima.

Quercus em Doha a partir de 30 de Novembro - blog, facebook e twitter darão conta dos desenvolvimentos relevantes na negociação

A Quercus fará parte da delegação oficial de Portugal como organização não governamental de ambiente e Francisco Ferreira, coordenador do Grupo de Energia e Alterações Climáticas, estará presente a partir de 30 de Novembro. A Quercus irá acompanhar os trabalhos ao longo de toda a Conferência e anunciar diversos relatórios em que participou e que serão lá divulgados, também em Portugal. [comunicado integral em PDF]

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por Quercus às 11:05